sexta-feira, 12 de junho de 2009

O LOKO E A G.P. (abreviando por causa dos processos)

Ainda existe em Rosário uma senhora, chamada G.P. (nome oculto pelos processos) oriunda de produtores rurais, foi até lapidada, mas na hora do polimento deu crepe (não foi bem polida). Pouco chegada às extravagâncias atuais, tipo assim, tomar banho, uso de calcinhas, sanitários... Enfim, corpinho muy relaxado. Pois este corpo pegou por mim uma antipatia sem precedentes, em qualquer lugar que ela me encontrava estando eu com a minha namorada, fazia sempre uma observação carinhosa ¨O PIOR PORCO SEMPRE COME A MELHOR ESPIGA.¨ Nunca respondi, mas gravei.

O tempo passou, até que uma noite a coisa se ajeitou pro meu lado, acontece que G.P. tem três filhos, a H., a L. e o J., meninas fogosas e o menino faceiro. H, mais bonita e "mais boa", sagrou-se rainha do carnaval do Clube Comercial e G.P. se travestiu de ¨MÃE DE MISS¨, acompanhando (quase) todos os passos da rainha. Começaram os bailes de pré-carnaval, para afinar os blocos acompanhantes.

Num destes pré, a G.P. estacionou seu flamante Corcel ll vermelho, bem na frente do Clube, quase grudando a traseira do carro de cachorro quente do Nataniel (de praxe ele estacionava ali,vendia cachorro-quente, pipoca, vomitava na pia, limpava as mão nos cabelos, exemplo de saúde pública). Quase no fim do baile eu e o Flávio estávamos sentados nas escadas em frente ao Clube quando me ocorreu uma idéia maravilhosa, e consultei o parceiro: Tchê Flávio, se nós atasse-mos o carro da G.P. no do Nataniel o que será que aconteceria ? Rresposta: Não sei mas é uma grande idéia!

Daí pra realização foi imediato. Nos dirigimos para o outro lado da rua onde ficava a COREMA, "Insumos Agrícolas", o Flávio me deu um pezinho, e pulei o muro para achar algo para concluir o projeto. Sorte minha, dentro do pátio tinha um rolo de arame de rabicho (utilizado para estronca de cercas), quebrei um pedaço com uns cinco metros, enrolei e atirei para "F" (os processos!), pulei o muro de volta e sentamos no mesmo lugar para organizar a logística.
Resolvemos agir, com a ajuda dos guris da SAFURFE (a esta altura já tinha mais de vinte), entrei em baixo do carro da G.P., atei o arame no eixo do flamante e trouxe o arame que sobrou contra o fio da calçada. Os guris fizeram um alarido , então atei a outra ponta do arame no cabeçalho da carrocinha do N. (pross...).

Bueno, sentamos para esperar o fim do baile (uma eternidade) e foi aumentando a parceria e a expectativa. Lá pelas seis horas terminou! Daí a pouco saiu a Família Real, todos num alvoroço, o J. parecia uma gazela desvairada, as gurias querendo beijar na boca, meio geral.

Após uma meia hora de luta (desleal) a G.P. conseguiu socar todos para dentro do carro, deu arranque, boto a a cabeça pra fora e se arrancou. O NAT (mais intimo) alheio a tudo, preparava mais molho PROS cachorros-quente, numa panela suja em cima de um liquinho.

Quando o arame esticou, virou tudo... Panela, liquinho, molho, os quitutes (condimentos), pipoqueira, ficaram só os clientes com os come, e os que tavam esperando, com as mãos no ar sem entender nada. E foi aquele gritiriu, a G.P. não viu nada, e só foi parada na esquina da Velgos com a João Brasil pela pm. O Nat, sem se organizar ia reboliando dentro da carroça, sem um triste vidro, tapado dos condimentos, perguntava: "onde estou? onde estou?". O Flavio conta que ele dizia "é o fim do mundo!!".

A G.P. desceu do veiculo furiosa,e partiu pra cima do Nat, para lhe aplicar um corretivo, no que foi contida pela briosa(BM). As três gurias só riam, tudo era festa. Bueno, quando a G.P. se controlou, e meio entendeu o que aconteceu, deu uma olhada na volta, platéia grande, me enchergou, e pronunciou uma frase solene ¨FOI AQUELE PODRE!!¨.

Pagou o estrago do Nat, mas não diminuiu o palavreado comigo. Os anos passaram, realizamos alguns negócios com sucesso, mas ela faz parte da minha história.CONTINUA DESBOCADA,E SEM SER POLIDA.

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