
O tempo passou, até que uma noite a coisa se ajeitou pro meu lado, acontece que G.P. tem três filhos, a H., a L. e o J., meninas fogosas e o menino faceiro. H, mais bonita e "mais boa", sagrou-se rainha do carnaval do Clube Comercial e G.P. se travestiu de ¨MÃE DE MISS¨, acompanhando (quase) todos os passos da rainha. Começaram os bailes de pré-carnaval, para afinar os blocos acompanhantes.
Num destes pré, a G.P. estacionou seu flamante Corcel ll vermelho, bem na frente do Clube, quase grudando a traseira do carro de cachorro quente do Nataniel (de praxe ele estacionava ali,vendia cachorro-quente, pipoca, vomitava na pia, limpava as mão nos cabelos, exemplo de saúde pública). Quase no fim do baile eu e o Flávio estávamos sentados nas escadas em frente ao Clube quando me ocorreu uma idéia maravilhosa, e consultei o parceiro: Tchê Flávio, se nós atasse-mos o carro da G.P. no do Nataniel o que será que aconteceria ? Rresposta: Não sei mas é uma grande idéia!
Daí pra realização foi imediato. Nos dirigimos para o outro lado da rua onde ficava a COREMA, "Insumos Agrícolas", o Flávio me deu um pezinho, e pulei o muro para achar algo para concluir o projeto. Sorte minha, dentro do pátio tinha um rolo de arame de rabicho (utilizado para estronca de cercas), quebrei um pedaço com uns cinco metros, enrolei e atirei para "F" (os processos!), pulei o muro de volta e sentamos no mesmo lugar para organizar a logística.
Resolvemos agir, com a ajuda dos guris da SAFURFE (a esta altura já tinha mais de vinte), entrei em baixo do carro da G.P., atei o arame no eixo do flamante e trouxe o arame que sobrou contra o fio da calçada. Os guris fizeram um alarido , então atei a outra ponta do arame no cabeçalho da carrocinha do N. (pross...).
Bueno, sentamos para esperar o fim do baile (uma eternidade) e foi aumentando a parceria e a expectativa. Lá pelas seis horas terminou! Daí a pouco saiu a Família Real, todos num alvoroço, o J. parecia uma gazela desvairada, as gurias querendo beijar na boca, meio geral.
Após uma meia hora de luta (desleal) a G.P. conseguiu socar todos para dentro do carro, deu arranque, boto a a cabeça pra fora e se arrancou. O NAT (mais intimo) alheio a tudo, preparava mais molho PROS cachorros-quente, numa panela suja em cima de um liquinho.
Quando o arame esticou, virou tudo... Panela, liquinho, molho, os quitutes (condimentos), pipoqueira, ficaram só os clientes com os come, e os que tavam esperando, com as mãos no ar sem entender nada. E foi aquele gritiriu, a G.P. não viu nada, e só foi parada na esquina da Velgos com a João Brasil pela pm. O Nat, sem se organizar ia reboliando dentro da carroça, sem um triste vidro, tapado dos condimentos, perguntava: "onde estou? onde estou?". O Flavio conta que ele dizia "é o fim do mundo!!".
A G.P. desceu do veiculo furiosa,e partiu pra cima do Nat, para lhe aplicar um corretivo, no que foi contida pela briosa(BM). As três gurias só riam, tudo era festa. Bueno, quando a G.P. se controlou, e meio entendeu o que aconteceu, deu uma olhada na volta, platéia grande, me enchergou, e pronunciou uma frase solene ¨FOI AQUELE PODRE!!¨.
Pagou o estrago do Nat, mas não diminuiu o palavreado comigo. Os anos passaram, realizamos alguns negócios com sucesso, mas ela faz parte da minha história.CONTINUA DESBOCADA,E SEM SER POLIDA.
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