quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CASOS DA SAFURFE - O Castelinho



SAFURFE
, caso alguém não saiba, é Sociedade Amigos FURões de FEstas. Tornou-se um bloco de carnaval lá em Rosário em 1976, e ainda existe. Dos fundadores, o pai, o Flávio Mayer, César Duquia, Jamal, Renato Fonseca, Ney Padilha, Gordo Armando, Vera Valenzuela, Viviane Macedo, "Traguinho", Gordo Camargo, Sergipe... entre tantos outros que fazem parte dessa história! Hoje, os filhos desse povo assinam como SAFURFE cheios de orgulho, e continuam essa história que começou em preto e branco há mais de 30 anos!


Texto em 1ª pessoa: o Loko Valenzuela.

Quando a gente ia pra rua não queria mais ir pra casa. Pois a gente sabia que ir embora era se tornar o assunto na boca dos que ficassem.
Certa feita estavámos na frente do INPS (em frente a antiga Caggiani) conversando: eu, Flávio Mayer, Edinho, Ney, Chibo, Vico, Cabana, Armando,diler,cabeludo,nikita,traquinho,edinho,zé, Dinho, Baixinho da copa.
Eram umas 2h da madruga quando cruza o Castelinho (escandaloso e carnavalesco) do outro lado da rua, figura conhecida na cidade por cabelereiro e por ser veado (na nossa época não se chamavam de gay e coisa assim), cumprimenta a gurizada e segue em direção ao Comercial...

Um dos parceiros, que chamarei de E.L., começa a se espreguiçar, querendo ir embora alegando que tinha que trabalhar no outro dia (funcionário do Néca na Prefeitura). E.L. sai então em direção à
Velgos, onde hoje é a Panvel em Rosário.
A direção da Velgos era o mesmo sentido tomado pelo Castelinho, mas na calçada oposta. Ninguém se importou com a saída dele, mas ficaram cuidando de rabo de olho o comportamento do E.L. Ele, pra ir pra casa, poderia seguir reto, mas dobrou na João Brasil à direita, o mesmo sentido tomado pelo Castelo. Sua casa ficava no mesmo sentido.

Ninguém se mexeu, ficou todo mundo "frio". Dali a pouco, extremamente discreto, o Castelo voltou da esquina do Banco do Comércio (onde morava o Lacerda, parceiro nosso) e entrou no beco entre o Comercial e o Banco. Mais um tempo, aparece o E.L., com a mesma "discrição", se esgueirando até o mesmo local... Nenhum de nós viu...!

Deixamos passar alguns minutos pra os pombinhos se ajeitarem. Saímos correndo em silêncio e pulamos o muro do Banco do Comércio pelo lado da Rua João Brasil e fomos até o fundo do pátio pra podermos ver os acontecimentos. Lá estavam os dois, com as calças até os joelhos. O Castelo, mais assanhado sem uma perna da calça! A cabeça e as mãos encostadas na parede e o E.L. na ponta dos pés,atrás do Castelinho, se ajeitando e conseguindo o colóquio amoroso. o vai e vem ia bonito.

Mas como nós éramos muitos, começamos a rir, acabamos fazendo algum barulho, o que foi ouvido pela "moça", que rebolando, sem perder o entono do ato, dizia:
"Vem gente, vem gente, vem gente"
O E.L., se aproximando da hora da "morte", dizia:
"Não vem, não vem, não vem", agarrando a esposa, pelo meio com toda a força para não perder o gran-finale.

Nesse momento o muro caiu, pois não suportou a pressão com todo aquele
loquedo escorado em cima, resultando na moça correndo pra rua, só com uma perna da calça e esbravejando, enquanto o E.L. ria, e nós enrolados com o muro!!! O CASTELO TEVE QUE FAZER ATÉ TERAPIA, PRA SUPERAR O CHOQUE, E o seu lacerda gostou tanto da história que transferiu a conta muro para a entidade.

3 comentários:

  1. Capaaaaaaaaaaaz!!
    Se eu achei aquele muito ótimo...
    esse aqui tá demais...
    esse livro vai vender muuuuito!!


    "Não vem, não vem, não vem", agarrando a esposa pelo meio com toda a força.

    e o castelinho bola e bola,

    UAHUhauHUAUhauhUAUa... que demais Tiooo!

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  2. Tainá
    Chamávamos a nossa versão do trio elétrico de "carroção" pois, na fundação, saimos num carroção, daqueles utilizados na lida campeira... tinha até "manivela de freio"! Há fotos desse período que poderiam ser anexadas... aliás o singelo "caneco" de chopp era um "urinol"!! O Chico Flores era o dono do "veículo!
    Beleza, siga nessa divertida tarefa de peneirar os acontecimentos e estou aí para contribuir.
    Beijos e Parabens!!
    Cezar Duquia

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  3. ri muito com as historias do loko, kkkkkkk
    muito boas, abraço

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